Algures no Lumiar passei por um recanto engraçado, limitado por dois prédios revestidos a tijolo de burro que me chamaram à atenção. O conjunto forma quase um beco senão fosse uma minúscula passagem pedonal que liga à Rua Alexandre Ferreira. Claro está que o recanto, sendo as traseiras destes dois prédios serve ( e muito bem ) para estacionar os carros da vizinhança.
Estava eu entretido delinear as primeiras linhas do meu esquisso quando sou abordado por uma senhora que me veio perguntar o que é que eu estava a fazer. Curiosa se não estaria a anotar as matriculas dos carros. Expliquei-lhe o que ali fazia, até lhe mostrei alguns desenhos do meu caderno. Satisfeita com a explicação, sorriu e lá seguiu para as compras que ia fazer.
Nem cinco minutos depois, uma outra senhora dirige-se a mim e faz-me exactamente a mesma pergunta... Novamente expliquei-lhe e mostrei até alguns desenhos que já tinha feito. Tal como da primeira vez fiz vez à senhora que se quisesse anotar matriculas tirava uma fotografia com o telemóvel e ía-me embora, mas a minha presença pareceu estranhamente ameaçadora. Se aparecia mais alguém a perguntar o que estava ali a fazer, juro que fazia um workshop de urban sketching logo no momento...
Fica o registo que acabou feito à pressa e com demasiados riscos. Não gosto daqueles desenhos que parecem ser feitos a meio de convulsões, mas gostei da forma como saíram os carros.
A cor dei quando cheguei a casa.
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