"Estou sempre a fazer aquilo que não sou capaz, numa tentativa de aprender como fazê-lo!"
Pablo Picasso


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Rua da Fraternidade Operária

A julgar pela dimensão da rua, a "Fraternidade Operária" não era motivo de grande comemoração.
Contudo este edifício no fim da rua chamou-me à atenção...


Azinhaga

Uma azinhaga que se acede pelo nº 96 da Rua do Vale Formoso de Cima.
Mais um resto que ficou de qualquer coisa que em tempos fez sentido. Agora é só uma viela estranha entre casas abandonadas


Lisboa - Lado B

Fiz este pequeno estudo numa folha de Arches 300g com 26x18cm
Adoro este ruído tantas vezes ignorado das típicas "traseiras" da cidade que geralmente ninguém gosta de desenhar.


quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Marvila

Um dia destes em Marvila, na esquina da R. Dr Estêvão de Vasconcelos com a R. Fernando Palha...
Tenho que lá voltar para desenhar umas casas na rua ali mesmo ao lado...






sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

De volta à Rua do Lumiar

Como senti que da primeira vez não tinha conseguido o desenho que queria, tentei novamente.
É curioso como nestas repetições acabo por nunca atingir bem o objectivo que pretendia.

A Rua do Lumiar foi em tempos um importante ponto de entrada em Lisboa. A rua dava também nome à aldeia cercada de quintas de lazer e abastecimento da cidade que se estendiam desde toda a zona saloia.
Há muitas teorias sobre o aparecimento do nome, mas o que me parece mais verossímil será o o nome original de "Limiar" dada a sua localização no limite da região de Lisboa.
A sua proximidade da Calçada de Carriche (pensa-se que o topónimo "Carriche" deriva do árabe "Qarix" que significa "cascalho"), estrada conhecida desde os romanos certamente com outro nome e que era o inicio da estrada que ligava Felicitas Júlia a Conimbriga, que é como quem diz: Lisboa a Coimbra, tinha afinal acrescida importância. Naqueles tempos antes das auto-estrada e carros, O Lumiar ficava ainda a "meia jorna de caminho", ou melhor dizendo a "meio dia de caminho" até ao centro da cidade e ali poderiam os viajantes encontrar onde descansar e recuperar energias para terminar a viagem.

A pequena aldeia acabou rasgada a meio com o alargamento da Calçada de Carriche e abertura da Av. Padre Cruz perdendo por completo a ligação com o Paço do Lumiar deixando inclusive algumas ruas (Rua Pena Monteiro, Rua do Alqueidão) divididas pela Calçada. 


quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Nove propostas para 2020

Nove propostas para desenhar em 2020

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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Esquina na Ameixoeira

Hoje passei propositadamente por esta esquina na antiga freguesia da Ameixoeira (Agora chama-se Santa Clara) para a desenhar rapidamente munido do meu caderno e um lápis 8B (sim, um lápis!).
Para não variar esta zona também tem umas histórias engraçadas, não fosse o nome "Ameixoeira" vir de "Ameijoeira" graças aos fosseis de ameijoas encontrados aqui e que nada tem a haver com a existência de algum pomar da árvore de fruto que curiosamente tem o mesmo nome da extinta freguesia. 
Também foi aqui bem perto que Oscar Monteiro Torres defrontou em duelo Cristovão Aires de Magalhães... Mas isso são historias para outro dia e outros desenhos.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

De volta ao Chafariz de Entrecampos

Já não é a primeira vez que o desenho e certamente não será a última, pelo menos enquanto o desenho não me deixar suficientemente satisfeito, ou até mesmo nada satisfeito como o desenho de hoje feito à pressa e horrivelmente disforme.

Há uma história que conto às minhas filhas em torno deste chafariz construído em 1851.
Existem dois palácios representados no painel de azulejos que o decora. Os azulejos não são originais, mas atestam a seguinte história:

Há um palácio não muito distante deste chafariz, a sudeste. À distancia de uma caminhada de 10 minutos encontramos aquele que é hoje o palácio das Galveias. Originalmente era a casa de campo do marquês de Távora, mas graças ao atentado contra D. José I em que apenas a suspeita levou à execução de praticamente toda a família, este palácio foi confiscado em 1759, assim como todos os bens dos Távoras para em 1801 ser adquirido pelo quinto conde de Galveias que lhe conferiu o nome actual. 
No lado oposto, em direcção a Noroeste, existe ainda outro palácio conhecido também pelo nome do seu último proprietário: O Palácio da Pimenta. Contudo a sua origem não é menos recambolesca que o palácio anterior. De facto originalmente era conhecido como a casa da Madre Paula, freira em "full-time" no Mosteiro de S. Dinis em Odivelas e amante em "part-time" do rei D. João V, com quem teve um filho, situação que viria a inverter a disponibilidade da religiosa, deixando o convento e passando a viver nesta casa construída por ordem do rei em meados do Século XVIII. 

É certo também que em Português vernacular (e ainda actualmente em alguma zonas) se usa a expressão "campo" para expressar "espaço" ou "distância".

Assim e tirando a história destes dois palácios, resta dizer que entre eles, a distâncias desiguais, está este chafariz.
Do chafariz até ao Palácio das Galveias, o "campo" é pequeno.
Do Chafariz até ao Palácio da Pimenta, o "campo" é grande
O Chafariz fica "entre campos"



sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Azinhaga do Planeta

Sempre gostei de desenhar locais invulgares, por vezes invulgarmente difíceis ou até mesmo o oposto, mas sempre lugares que por alguma razão me captam o olhar naquele momento em que imagino o que vejo enquadrado na folha do meu caderno. Lisboa está repleta de azinhagas, traseiras de ruas e prédios que parecem invisíveis à maioria dos olhares. Na minha saga pelas azinhagas da zona oriental de Lisboa encontrei mais esta que até pelo nome merece o desenho. O recanto acontece já no fim quase a entrar na Rua da Quinta do Ourives.
O local não é de um valor histórico, arquitectónico e patrimonial de referência, mas daqui a 20 anos provavelmente nada disto existirá e tudo isto que é a memória daquilo que foi uma Lisboa rural, pobre e estigmatizada que muito poucos conhecem, deixará de existir por completo. Nalguns casos ainda bem, noutros lamento a perda dessa memória para futuras gerações entorpecidas e mesmo a perda da função de certas zonas que apesar de estarem cada vez mais rodeadas pela malha urbana poderiam ser revitalizadas de outra forma que não através de construção massiva e mais habitantes para esta cidade



quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Azinhaga Ferrão / Azinhaga da Salgada

Foi para começar bem o ano com um caderno novo e sem vontade de desenhar com canetas. Peguei na lapiseira e com uma mina 2B de 2mm lá alinhavei a perspectiva para depois mais confortável em casa completar as notas de sombras e cor que tinha tirado.
É uma casa abandonada. Parece ser parte de uma daquelas quintas que em tempos existiram pela parte oriental de Lisboa. Agora estão ali abandonadas entre viadutos e pontes que lhe retiram a natural posição e enquadramento, mas nunca a elegância e postura.
Do outro lado há uma outra casa  emoldurada entre palmeiras e tal como a primeira, de porte característico acompanhada de um muro trabalhado que anuncia uma entrada e até mesmo algum estatuto económico do proprietário original. Mais abaixo ainda outra da qual apenas apenas a parede da fachada principal. Que vista magnifica deveria ter.